O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), no Rio de Janeiro, vinculado ao Ministério da Saúde, realizou, pela primeira vez no Sistema Único de Saúde (SUS), uma técnica que corrige quadros graves de escoliose e hipercifose infantis, que são alterações na coluna vertebral, com apenas um procedimento cirúrgico.
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A paciente que passou pela cirurgia tem oito anos e apresenta paralisia cerebral.
A nova tecnologia, de alongamento da coluna, que é voltada para menores de dez anos, destaca o Ministério, diminui a exposição de crianças a novos procedimentos cirúrgicos, enquanto o tratamento convencional exige o retorno dos pacientes pediátricos a cada seis meses para a manutenção do procedimento.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a escoliose afeta de 2% a 4% da população mundial e é caracterizada pelo desvio lateral da coluna. Essa condição faz que com que ocorra uma curvatura anormal que pode afetar a região lombar, torácica ou cervical. Em casos severos pode até comprometer a função pulmonar.
Já a hipercifose, popularmente chamada de “corcunda”, pode atingir 8% da população.
Técnica francesa
A técnica foi criada pelo médico ortopedista francês Lotfi Miladi, do Hospital Necker-Enfants Malades, vinculado à Universidade de Paris. O especialista esteve no INTO, em 29 de agosto, para participar do procedimento ao lado do chefe do Centro de Doenças da Coluna do INTO, Ricardo Meirelles, e do ortopedista do mesmo Centro, Alderico Girão.
“Uma criança que chegava ao tratamento com sete anos realizava, no mínimo, seis cirurgias para completar a correção dessas doenças, então, além da redução da exposição a anestesias e infecções, há uma queda da reincidência desses procedimentos, e consequente aumento da produção cirúrgica para atender outros pacientes”, explica Meirelles.
Durante a cirurgia é inserido um dispositivo, que funciona como uma catraca, capaz de acompanhar o alongamento vertebral da criança durante o seu desenvolvimento corporal.
Entre os benefícios da iniciativa estão o menor tempo de internação dos pacientes, redução de cerca de seis horas da duração da cirurgia, manutenção da capacidade pulmonar e a extinção do risco de lesões na medula óssea. “Esperamos devolver a essa criança equilíbrio do tronco e melhora na qualidade de vida”, finalizou Meirelles.
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