O governador em exercício de Mato Grosso, Otaviano Pivetta, disse na manhã dessa terça-feira (22), durante entrevista coletiva que os atos de violência praticados nos últimos dias em diferentes regiões do Estado não teriam sido causados pelos manifestantes, que protestam desde a eleição para presidente, em 30 de outubro, mas sim por criminosos infiltrados.
“Olha, se são os manifestantes me parece que não, porque seria muito desinteligente por parte dos manifestantes fazer esse tipo de coisa, isso tira a credibilidade do movimento. (…) As informações que eu tenho da nossa inteligência é que são delinquentes, criminosos mesmo que se infiltram no movimento. Agora eu não sei, estou colocando aqui uma opinião, que eu formei através das informações que eu tenho”, disse Pivetta.
Pivetta fez questão de ressaltar que os criminosos que estão praticando atos de violência estão sendo identificados e presos e que o Estado não ficou inerte frente à escalada de violência assistida desde a noite da última quinta-feira (17), após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de bloquear as contas dos supostos financiadores dos movimentos.
“Nós ontem prendemos os delinquentes que atearam fogo nos caminhões, os inquéritos estão abertos, as pessoas estão detidas, as investigações estão em curso, não tem nada que esteja parado e nada que o estado não esteja atuando de acordo com a necessidade”, frisou o governador.
Desde o ataque à base da Rota do Oeste no último sábado (19), o governo do Estado vem monitorando ainda mais de perto as lideranças dos movimentos que protestam em vias de Mato Grosso. A prioridade é garantir que as vias estejam desobstruídas para assegurar o livre trânsito de pessoas e cargas, já que são pelas rodovias que a produção do agronegócio é escoada para os portos.
Os protestos que estão sendo realizados em várias partes do país tiveram início com o resultado da eleição presidencial, em 30 de outubro, quando foi declarada a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas na última semana os atos voltaram a ganhar força depois da decisão da Justiça de punir supostas lideranças por trás dos atos.
Atualmente, existem onze pontos de bloqueios totais ou parciais, segundo a última atualização da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
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