Senadores de Mato Grosso votaram a favor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que vai furar os gastos públicos em R$ 145 bilhões nos próximos dois anos. O texto foi aprovado nessa quarta-feira (7) em plenário do Senado.
Carlos Fávaro (PSD), que havia votado a favor da PEC na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) um dia antes, confirmou novamente o voto em plenário. O mesmo foi feito por Jayme Campos (União Brasil) e Wellington Fagundes (PL), este último, membro da base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
A aprovação da PEC da Transição significa a primeira vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso. Ele recebeu autorização financeira para cumprir a promessa de campanha de pagar o Auxílio Brasil (que deve voltar a se chamar Bolsa Família) de R$ 600, com acréscimo de R$ 150 por criança com idade até 6 anos.
O texto foi aprovado em primeiro turno com ampla maioria de 64 votos a favor e 16 contra; eram necessários 49 para passar pelo Senado.
A PEC mexe no Teto de Gastos em vigor no país. Além dos R$ 145 bilhões, coloca outros recursos fora do teto, como alguns financiamentos de despesas da área de transporte. O cálculo é de cerca de R$ 208 bilhões.
O próximo governo terá prazo de dois anos para criar uma nova fonte para cobrir as despesas liberadas.
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