Mais uma semana começa com altas bastante expressivas para os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago. As cotações, por volta de 6h20 (horário de Brasília) desta segunda-feira (24.07), subiam de 15,50 a 22,75 pontos entre as posições mais negociadas, como o agosto ainda acima dos US$ 15,00, valendo US$ 15,18 por bushel, enquanto o novembro – referência para a safra americana – tinha US$ 14,18.
O mercado da soja acompanha a nova disparada dos grãos, liderada pelo trigo que sobe quase 6% na CBOT na manhã de hoje, seguido pelo milho, com mais de 4% de alta entre os vencimentos mais negociados. O óleo de soja registra alta de mais de 2%, e o farelo acompanha e também opera do lado positivo da tabela.
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CUSTOS – Produtores de soja estão enfrentando uma situação de redução dos custos de produção para a safra 2023/24, mas ao mesmo tempo, estão sofrendo com a queda dos valores obtidos na venda do grão, o que impede maiores ganhos financeiros.
De acordo com o relatório de custos de produção divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) os produtores estão conseguindo gastar menos na instalação da lavoura de soja geneticamente modificada, um dos principais estados produtores no Brasil. Os insumos que tiveram maior redução nos preços foram as sementes e os fertilizantes.
A média do preço da semente de soja em Mato Grosso teve uma redução de 22,2% em junho deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado, passando de R$ 783,46 para R$ 608,77 por hectare. Já os fertilizantes tiveram uma retração ainda mais acentuada, de 23%, caindo de R$ 2.417,29 para R$ 1.856,62 por hectare.
Os defensivos agrícolas, que também fazem parte dos insumos para a cultura da soja, tiveram uma redução, mas bem mais tímida, de apenas 0,8%. O preço médio passou de R$ 1.373,00 para R$ 1.360,73 por hectare aplicado. Alguns produtos fitossanitários tiveram redução de preço, como os fungicidas, que diminuíram 10,2%, passando de R$ 426,39 para R$ 382,79 por hectare. Já os herbicidas retraíram 6%, indo de R$ 351,97 para R$ 330,80 por hectare.
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Entretanto, outros dois agroquímicos tiveram seus preços elevados no último ano. Os adjuvantes tiveram um incremento de 43,8%, passando de R$ 85,10 para R$ 122,42 por hectare aplicado. Enquanto isso, os inseticidas registraram alta média de 3%, sendo comercializados a R$ 524,72, em comparação aos R$ 509,54 do ano anterior.
Apesar da redução nos custos operacionais totais da soja em Mato Grosso, com uma média de 4,2% de queda, alguns fatores tiveram aumento. O arrendamento teve um incremento de 16,3%, e a pós-produção, que engloba classificação e beneficiamento do grão, armazenagem e transporte, teve um aumento de 8,4%.
Assim, os produtores de soja enfrentam uma situação de maior economia na produção, mas os baixos preços de venda do grão tornam a relação de troca desfavorável, impactando seus ganhos financeiros. Ainda assim, o cenário poderia ser pior se não houvesse a redução nos custos de insumos para a lavoura. A expectativa é que a safra de soja em 2023/24 tenha desafios para alcançar maiores lucros, mas os produtores continuam buscando maneiras de otimizar suas operações para enfrentar esse cenário adverso.
Fonte: Pensar Agro
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