O prefeito de Primavera do Leste (240 km de Cuiabá), Leonardo Bortolin (MDB), chamou a população para uma manifestação neste fim de semana, em protesto ao resultado das eleições.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Bortolin diz que dará início ao “movimento Primavera pelo Brasil”, com a participação de vários representantes da economia e da política.
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Sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado no segundo turno das eleições no domingo (30), o prefeito diz convocar a população para “grandes ações pela pátria, pela família e por Deus”.
“Primavera do Leste se mobiliza através de todas as lideranças e convoca a população para fazermos grandes ações em prol da pátria, da família e de Deus. É o momento de dizermos ao Brasil que Primavera está unida pela nossa nação”, disse.
No vídeo publicado no Instagram, o prefeito aparece dentre 13 pessoas, que seriam apoiadores do movimento e ligados a entidades políticas e empresariais, como a CDL (Câmara dos Dirigentes Lojistas), a Câmara dos Vereados de Primavera do Leste, e a prefeitura, por exemplo.
O vídeo foi publicado em paralelo ao início da circulação de um documento de contestação do resultado das eleições, em que pedem uma nova eleição com “voto impresso auditável”, uma cobrança de Bolsonaro.
O documento recebeu o nome de “Manifesto público brasileiro em defesa da Justiça e da democracia”. Além do questionamento do processo eleitoral, são feitas críticas ao Poder Judiciário, outra pauta de Bolsonaro.
“Não nos cabe questionar o resultado de um pleito democrático, pois somos cumpridores de nossos deveres e defensores da Lei, da Pátria e da Família, e é justamente por esses valores que, indignados com o evidente vício no processo eleitoral finalizado no dia 31 de outubro de 2022 (sic), por livre escolha e determinados a lutar por nosso país, resolvemos tomar as ruas, sem violência e em oração, para clamar por justiça”, diz trecho do documento.
O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT) informou que não vê incentivo a atos antidemocráticos na convocação do prefeito e que a liberdade de expressão é garantida pela Constituição Federal.
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