O presidente russo Vladimir Putin declarou nesta segunda-feira (1º) que irá “intensificar” os bombardeios na Ucrânia como resposta ao ataque ucraniano, que resultou em 30 mortes, no sábado, em Belgorod, dois anos após a invasão russa da ex-república soviética.
“Intensificaremos os ataques, nenhum crime contra civis ficará impune, isso é certo. Os ataques serão realizados contra instalações militares”, declarou Putin durante uma visita a um hospital militar.
Na sexta-feira, Moscou lançou mais de 150 mísseis e drones em várias cidades da Ucrânia, resultando em aproximadamente 40 mortos e mais de 160 feridos, conforme informações das autoridades.
“Utilizamos armas de precisão para atacar centros de tomada de decisão, locais onde se reúnem soldados e mercenários e outros centros semelhantes, especialmente instalações militares”, continuou Putin.
O presidente russo rotulou o bombardeio contra Belgorod como um “ato terrorista” e acusou as forças ucranianas de atacarem “o centro da cidade, onde as pessoas passeiam na véspera do Ano Novo”.
Ele também enfatizou que “a Ucrânia não é um inimigo” e culpou o Ocidente por usar as autoridades de Kiev para “resolver seus próprios problemas” com a Rússia.
Putin assegurou, ainda, que as forças militares de seu país mantêm uma “iniciativa estratégica” no front de batalha na Ucrânia, onde os soldados avançam mais a cada dia após o fracasso da contraofensiva de Kiev.
O governador de Belgorod, Viatcheslav Gladkov, comunicou que uma menina de quatro anos, que estava em estado “muito grave”, veio a falecer em decorrência dos ferimentos causados no ataque. Ele informou que 109 pessoas ficaram feridas, das quais 70 ainda estão hospitalizadas.
Além dos recentes bombardeios, outro ataque por parte da Ucrânia à cidade de Donetsk, situada na área controlada pela Rússia no leste do país, resultou em pelo menos quatro mortos e 13 feridos, revelou Denis Pushilin, que lidera a “república” de Donetsk, nesta segunda-feira. O líder afirmou que as forças ucranianas atingiram o centro desse reduto pró-Rússia com bombas de fragmentação.
“O objetivo do inimigo era causar o maior dano possível à população civil”, declarou Pushilin no Telegram, destacando que os ataques não possuíam “sentido do ponto de vista militar”.
De acordo com serviços de resgate mencionados pela agência de notícias russa TASS, um jornalista faleceu e outro ficou ferido.
Fonte: Internacional
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