Em uma transmissão ao vivo na terça-feira, 13, o presidente Lula afirmou que o anúncio do Plano Safra permitirá que o setor agropecuário perceba que o governo não tem objeções ao seu desenvolvimento. Lula destacou o desejo de ver o Brasil crescer e destacou a importância do Plano Safra, que é a política agrícola mais relevante do governo. O setor aguarda com as diretrizes para o volume de crédito e as taxas de juros no período de 2023/2024.
A estratégia de utilizar o Plano Safra como forma de se aproximar do setor agropecuário é uma boa ideia, uma vez que existe a necessidade de recursos com taxas competitivas para manter o dinamismo do setor que mais cresce na economia brasileira. Além disso, a cerimônia política do evento fornecerá manchetes destacando o volume de recursos e juros mais baixos, simbolizando as pontes que Lula pretende construir com o setor.
Espera-se que o anúncio do Plano Safra seja feito na última semana de junho, diferentemente do desejo de alguns membros do governo de fazê-lo antes. A impossibilidade de antecipar a cerimônia evidencia as dificuldades orçamentárias para a elaboração do plano, mas também indica esforços para criar um pacote mais substancial que atenda às demandas do setor.
Márcio Lopes, presidente da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), relatou ter percebido um maior engajamento do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, no processo durante uma reunião sobre o Plano Safra. Lopes afirmou que antes estava preocupado com a falta de prioridade dada ao assunto, mas agora percebe um desejo de elaborar um plano sólido que promova mudanças e marque a posição do governo de esquerda em favor do setor agropecuário.
Embora o setor agropecuário esteja crescendo em ritmo mais acelerado do que o governo oferece crédito, o Plano Safra continua sendo importante. A OCB solicita R$ 410 bilhões em recursos e juros abaixo de 10% ao ano para todas as linhas de financiamento. No entanto, é imposto que o governo possuía capacidade financeira para atender a essa proposta, uma vez que requeria mais recursos do Tesouro para subsidiar a diferença entre as taxas de juros de um dígito e a taxa Selic, que atualmente está em quase 14% ao ano . Espera-se um Plano Safra com taxas de juros semelhantes às atuais, que variam de 5% a 12,5% para pequenos, médios e grandes produtores. A Selic atual terá influência na definição desse novo cenário.
Investir em um Plano Safra com mais recursos e juros menores seria uma decisão acertada por parte do presidente Lula, pois o setor agropecuário está impulsionando o crescimento da economia brasileira. O resultado do PIB do primeiro trimestre, PIB do primeiro trimestre, quando a agropecuária subiu 21% e puxou o PIB do país, que avançou 1,9% no período. Além disso, ao construir pontes com o agro, Lula tentará diminuir fricções no Congresso, onde a Frente Parlamentar da Agropecuária é a mais forte e tem contribuído para derrotas do governo em Brasília.
Jovem pan
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