Aparentemente sem o curativo na orelha, o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, disse há pouco, em comício público de campanha no Michigan, que os Estados Unidos estão “mais unidos e determinados do que nunca” e repetiu os dizeres de “lute, lute, lute” aos seus apoiadores, em alusão à fala feita logo após a tentativa de assassinato que sofreu na última semana.
Este foi o primeiro comício público de campanha desde a Convenção da semana passada, em que foi confirmado como candidato, depois de ter sido ferido por um tiro de raspão na orelha, no último sábado, na Pensilvânia.
Ao lembrar do atentado, Trump disse que “não deveria estar aqui hoje, mas foi algo muito especial que aconteceu naquele dia”. Ele agradeceu à nação pelo amor que recebeu depois do evento. “Continuo aqui pela Graça de Deus Todo Poderoso; algo aconteceu para estar aqui hoje”, enfatizou o candidato.
Ele reforçou que esta será a eleição “mais importante da história e que não poderá se permitir trapaça”. E ironizou a divisão do partido democrata, em que boa parte da bancada tem apoiado a desistência do presidente Joe Biden para dar caminho à vice-presidente Kamala Harris. “Quem é o nosso adversário preferido, Joe Biden ou Kamala Harris?”, perguntou à plateia, que respondeu com vaias – mas aparentemente apoiando a permanência de Biden, e não a eventual chegada de Kamala Harris, como adversário ideal. Trump se referiu a Biden, desrespeitosamente, como o “torto”.
Ele ainda destacou a escolha de J.D Vance como candidato republicano à vice-presidência, como alguém pertencente à “classe trabalhadora”. Ele completou dizendo que o partido republicano é “partido dos trabalhadores, de qualquer religião, cor ou credo”.
O candidato ainda salientou que não se considera um extremista, mas sim uma pessoa de “grande bom senso”. “O que diabos eu fiz contra a democracia? Na semana passada eu levei uma bala na cabeça”, disse. “A bala passou zunindo por mim. A imigração salvou minha vida: virei a cabeça na hora para ver uma placa (sobre imigração)”, acrescentou.
Restaurar patriotismo
O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer que irá “acabar com a invasão no país”, em referência aos imigrantes, e completou dizendo que vai “restaurar o patriotismo” nos Estados Unidos.
Ele disse também que os democratas não colocam em suas estatísticas o efeito destrutivo da inflação sobre a classe média e os trabalhadores, com dificuldade crescente para pagar os juros do crédito imobiliário e enfatizou os níveis de inflação no país e disse que ela “acaba com tudo, especialmente com os que têm renda mais baixa”.
O candidato republicano comemorou o fato de ter o apoio do empresário Elon Musk e fez um aceno à pauta envolvendo os veículos elétricos no país. “Musk sabe que não sou contra carro elétrico; sabe que muitos precisam dirigir para longe”, disse. Ele ponderou que a tecnologia elétrica “traz dificuldade de aplicação a veículos pesados, como caminhões”, exigindo muita adaptação de infraestrutura rodoviária, especialmente pontes, pelo peso maior dos veículos com grandes baterias elétricas em veículos pesados.
Trump afirmou que “fez mais pelos trabalhadores da indústria de Michigan do que qualquer outro” e que está liderando no estado por seis pontos de vantagem. Michigan é considerado um swing state – ou seja, um estado que pode oscilar de um partido para outro em diferentes eleições. “Estamos liderando por seis pontos de diferença”, disse. Ele voltou a repetir que “não podemos permitir trapaça dessa vez”, embora não haja indícios de fraude nas últimas eleições americanas, em que Trump perdeu para o atual presidente, Joe Biden.
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Fonte: Nacional
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