O Brasil vive um cenário alarmante no combate à dengue, com 6,5 milhões de casos prováveis registrados até 7 de outubro de 2024, conforme o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. O coeficiente de incidência, que alcançou 3.221,7 por 100 mil habitantes, supera em muito o limite considerado epidêmico pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 300 por 100 mil. Infelizmente, a doença já causou a morte de 5.536 pessoas, enquanto outros 1.591 óbitos estão sob investigação.
Para entender melhor a gravidade da situação, é importante notar que no mesmo período do ano anterior, foram contabilizados apenas 1,3 milhão de casos e 1.179 mortes ao longo de todo o ano. Isso representa um aumento impressionante de 400% nos casos em comparação a 2023.
Apesar dos números preocupantes, as infecções começaram a diminuir a partir de abril e essa redução se manteve até agosto. No entanto, especialistas alertam para uma possível nova alta em dezembro, com pico esperado entre março e abril de 2025. O estado de São Paulo é o mais afetado, respondendo por 32,3% dos casos com 2,1 milhões de infecções e 1.786 mortes confirmadas. Na capital paulista, as estatísticas são igualmente alarmantes: foram registradas 639.066 infecções e 365 mortes.
O infectologista Antonio Carlos Bandeira, membro do Comitê de Arboviroses da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), destaca que os números devem permanecer menos expressivos até dezembro, mas alerta para o aumento esperado no início do próximo ano.
Ele enfatiza a necessidade urgente de ações eficientes e coordenadas para combater a dengue.
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