Nos dias 23 e 24 de outubro, o delegado Ruy Guilherme Peral da Silva, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (D.R.C.I), foi o responsável por mais uma aula voltada aos novos juízes e juízas substitutos(as) de Direito que participam do Curso Oficial de Formação Inicial (Cofi 2023). Neste módulo, o tema abordado foi investigação de crimes virtuais e cibernéticos.
Conforme o delegado, a Polícia Civil tem a preocupação em transmitir, alinhado com os demais atores do sistema de justiça criminal, principalmente os magistrados, os métodos e as técnicas de investigação cibernética que estão sendo adotadas para elucidar crimes. “Também há uma grande preocupação no sentido de transmitir os conhecimentos necessários para que os magistrados utilizem os dispositivos informáticos, como celulares, computadores e tablets, de maneira segura, para que eles estejam brindados na internet, ou seja, para que não sejam vítimas de ataques virtuais e outros cibercrimes.”
De acordo com Ruy Peral, essa sintonia entre os atores do sistema de persecução criminal – Polícia, Ministério Público e Poder Judiciário – traz mais efetividade na prestação do serviço público de repressão ao crime e de manutenção da paz social.
“Todos os atores do sistema de justiça criminal saem ganhando com essas parcerias e a Polícia Civil, justamente por meio desses cursos que estão sendo realizados com Judiciário, com a participação de magistrados e assessores. Temos transmitido esses conhecimentos, essas informações, a fim de que os magistrados e assessores entendam a linguagem investigativa, se aprimorem, porque muitos colegas têm conhecimento, mas estamos realizando um nivelamento para que nós possamos atuar de maneira sintonizada e que os resultados sejam sempre os melhores”, assinalou.
Ainda conforme o professor, foram abordados temas diversos, como os conceitos básicos que envolvem uma investigação criminal tecnológica, os protocolos de internet, as regras existentes, os dados que estão disponíveis e que são de interesse de uma investigação e por qual motivo esses dados são requisitados pela polícia.
“Trazemos novas abordagens a fim de que os magistrados estejam protegidos na internet e com o intuito de que eles compreendam porque a Polícia Civil de Mato Grosso tem utilizado essas metodologias, quais metodologias têm sido utilizadas, obviamente, com o fim máximo de existir uma sintonia e o serviço de segurança pública, a prestação do serviço de segurança pública, a prestação do serviço jurisdicional, sejam efetivadas com o melhor resultado possível.”
Ruy Peral da Silva é delegado de Polícia há mais de nove anos. É graduado em Direito pela Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e docente da Academia de Polícia Judiciária Civil de MT. Inscrito na OAB/MT com experiência na advocacia criminal, é pós-graduado em Ciências Criminais pela Universidade Estácio de Sá (BA) e CERS.
Tem especialização em Gestão Estratégica Aplicada à Segurança Pública pelo IFMT, integra Grupo de Trabalho de Combate aos Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça e Segurança Pública e possui diversos cursos de aperfeiçoamento sobre o tema.
Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 1 – Foto colorida e horizontal. Homem usa roupa colorida, cabelos curtos, fala ao microfone e está olhando para a direita. À esquerda, homens e mulheres estão sentados olhando para a frente.
DEIXE O SEU COMENTÁRIO