Em julho de 1996, nascia na Escócia o primeiro clone de um mamífero, a conhecida ovelha Dolly. Até hoje, o feito é considerado um marco científico. Mas na época, suscitou alguns pontos de discussão sobre a clonagem, tanto de animais quanto de humanos. Depois de quase 30 anos, as técnicas de clonagem avançaram e, na última quarta-feira, 16, a Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que regulamenta o controle e fiscalização da clonagem de animais domésticos no país – usados na pecuária, como bois, cavalos, cabras e búfalos.
A proposta estava em tramitação desde 2013 e, segundo especialistas, traz bases legais não só no campo dos clones mas, principalmente, em aspectos envolvendo a reprodução de animais. Como explica o pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Recursos Genéticos e Biotecnologia, João Henrique Viana, a clonagem acabou sendo incluída no texto e, por isso, ganhou notoriedade. Isso devido a uma percepção coletiva ainda baseada nos primeiros experimentos feitos.
“A questão mais sensível foi relacionada ao bem-estar e muito condicionada pela percepção que a gente tinha do início da clonagem em que você tinha uma técnica sendo criada. Esses processos já melhoraram muito em relação ao que era há 20 anos atrás”, comenta ao Agro Estadão. “Ficou muito condicionada por aquelas primeiras notícias que saíram do envelhecimento precoce, dos problemas relacionados à perda de gestação”.&n…
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