No último domingo (19), Javier Milei emergiu como o novo presidente da Argentina, derrotando Sergio Massa, atual ministro da economia, em uma eleição que marcou a ascensão do ultraliberalismo e das pautas da extrema-direita no país.
Com promessas nã convencionais e uma visão radical para reestruturar a economia, Milei rapidamente se tornou o centro das atenções.
Entre as propostas mais controversas está a promessa de dolarizar a economia argentina, fechar o Banco Central e privatizar uma considerável parcela dos serviços públicos. Essas medidas, segundo ele, são essenciais para interromper a hiperinflação que assola o país e desburocratizar as estruturas governamentais.
No entanto, os desafios que aguardam Milei são significativos. Confira:
Governabilidade
O partido dele, “A Liberdade Avança”, conquistou 38 deputados e oito senadores, deixando o presidente eleito dependente do apoio do ex-presidente Maurício Macri para garantir a maioria necessária no Congresso.
Além disso, será necessário negociar com o peronismo, que detém uma grande bancada parlamentar.
Inflação
Outro ponto crucial é a inflação descontrolada. Com previsões indicando uma taxa de inflação próxima a 150% em 2023 e projeções preocupantes para 2024, Milei terá que cumprir suas promessas de interromper a hiperinflação. Isso inclui a privatização de estatais, a dolarização da economia e uma desburocratização profunda para estabilizar o cenário econômico.
Pobreza
A pobreza, que atinge 40% da população argentina, é outro desafio urgente. Milei terá que desenvolver políticas públicas eficazes para proporcionar segurança financeira e alimentar aos mais necessitados, ao mesmo tempo em que busca formas de fomentar o emprego no país.
FMI
Além disso, o novo presidente terá que lidar com a questão da dívida argentina com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros credores internacionais. Até que essa questão seja resolvida, a dolarização da economia permanece uma tarefa difícil de ser concretizada.
Fonte: Internacional
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