A agricultura familiar no Brasil ocupa apenas 23% das áreas cultivadas no campo, mas representa 77% das propriedades rurais, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por ano, cerca de R$107 bilhões de reais em receita são produzidos nesse ramo. Essas famílias, que muitas vezes estão na mesma propriedade há gerações, são as principais responsáveis pela alimentação dos brasileiros, já que concentram a produção que abastece o mercado interno do país.
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Uma das principais dificuldades que as famílias enfrentam é no escoamento da produção. É o que conta o proprietário da Hortaliças Aguena, Éder Tsunezo Aguena, de 58 anos. “A comercialização hoje é um fator que determina o sucesso da nossa empresa”. A Aguena possui 45 funcionários e existe desde a década de 30, quando os avós de Éder migraram do Japão para o Brasil.
Primeiro, investiram em café, passaram por outros tipos de cultivo e nos anos 80 decidiram trabalhar com uma variedade de hortaliças folhosas. Fornecedora dos mercados Comper e Fort Atacadista, Aguena diz que a parceria estimula projetos a longo prazo. “Graças a Deus, temos um parceiro como o grupo Pereira que nos dá confiança de investir em produção e qualidade”, afirma o produtor.
“Ter fornecedores confiáveis é fundamental para o sucesso de um estabelecimento”, afirma Simone Cotta Cardoso, gerente nacional de comunicação corporativa e ESG do Grupo Pereira. “Valorizamos produtos vindos de fornecedores locais por acreditar que o retorno para a sociedade é o mais alto possível, já que o valor gerado fica dentro da comunidade local, além de poder ofertar sempre o melhor em nossas gôndolas”, enfatiza.
Negócio familiar
Abastecedor do Fort e do Comper há 30 anos, a Bananas Pereira também sabe o que é ver o negócio da família crescer com apoio e sustentabilidade. “Eu sou a terceira geração à frente da empresa, que começou humilde, com meu avô, na cidade de São Paulo, em 1954. Hoje temos mais de 100 funcionários e produzimos 3500 toneladas por ano”, lembra Lucas Martines dos Santos Pereira, de 35 anos.
Lucas avalia que a cautela é a aliada mais valiosa de uma família envolvida no agronegócio. “Primeiro, é necessário analisar a viabilidade comercial do item a ser produzido, bem como compreender se a região escolhida para a produção é a mais adequada, levando em conta as necessidades de desenvolvimento de cada produto”, explica ele.
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