Passa pela cabeça de Jair Bolsonaro a seguinte ideia: deixar para seu vice, o general Hamilton Mourão, a função de passar a faixa para Luiz Inácio Lula da Silva na festa da posse, em 1º de janeiro.
É algo que o presidente já vinha pensando antes da derrota consumada ontem. Essa possibilidade surgiu antes do primeiro turno, quando o petista apareceu com chances de vitória naquela etapa.
Bolsonaro não teria discutido ainda com Mourão essa possibilidade, mas acredita que o militar, senador eleito pelo Rio Grande do Sul, não colocaria obstáculo. Delicada missão.
O plano mirabolante de Bolsonaro é para evitar estar cara a cara com o petista no parlatório do Palácio do Planalto, numa festa unicamente petista. O presidente avalia viajar para o exterior antes do Revéillon e só retornar ao país após a posse de Lula.
Nem toda cúpula do governo também tomou conhecimento. Antes da posse, ainda tem a transição, quando equipe do novo governo se reúne com o pessoal da atual gestão e trocam informações sobre a administração. Não se sabe ainda como vai se dar.
Mas Bolsonaro não está disposto a facilitar para Lula, que, no discurso para multidão ontem na Avenida Paulista, chamou algumas vezes de fascista o governo do concorrente.
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