A crítica seca na Bahia está gerando graves preocupações, especialmente nos setores agrícola e pecuário, alerta a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (FAEB).
Com 131 municípios em situação crítica devido à escassez de chuvas, a Faeb ressalta as consequências alarmantes nos setores agrícola e pecuário.
Na Região Semiárida, abrangendo a maior parte do território estadual, os desafios são consideráveis, resultando em milhares de mortes de gado por falta de alimento e água. A produção de frutas, milho e outros produtos agrícolas também sofre perdas expressivas, especialmente no Oeste baiano, uma área vital para as exportações do estado.
Segundo dados econômicos da Faeb, a produção informal de leite diminuiu mais de 50%, enquanto setores como apicultura, café, banana e caju enfrentam perdas significativas. O plantio de milho e feijão está comprometido em diversas regiões produtoras.
Esta é a pior seca enfrentada pela Bahia desde 1980, conforme relatado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), e é agravada pelo fenômeno El Niño. Diante dessa situação crítica, a Faeb solicita medidas urgentes e propõe a união de esforços dos setores público e privado para mitigar os impactos da falta de chuvas.
Entre as propostas apresentadas estão a expansão dos programas de aquisição e distribuição de alimentos, a prorrogação de parcelas de débitos rurais, a criação de novas linhas de crédito para aquisição de ração e desenvolvimento de infraestrutura hídrica, além do apoio direto dos governos federal e estadual às famílias afetadas pela seca.
Fonte: Pensar Agro
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