Tramitando em regime de urgência constitucional, o projeto de lei de tributação das offshore e fundos exclusivos, conhecido como fundo dos super-ricos, deve ser votado no plenário da Câmara dos Deputados nesta terça-feira.
A previsão foi anunciada na semana passada por Marcos Pereira
(Republicanos-SP), presidente em exercício da Casa na ausência de Arthur
Lira, que está viajando pela Índia e pela China.
A taxação dos fundos dos “super ricos” é uma das prioridades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já que o governo precisa aumentar sua arrecadação para sustentar o novo arcabouço fiscal. O projeto foi enviado pelo Executivo no fim de agosto, prevendo a taxação em 10% dos fundos voltados para os investidores de alta renda, mas a proposta foi modificada no Congresso.
O relator da proposta, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), reduziu a alíquota sobre a tributação do rendimento acumulado dessas duas aplicações de 10% para 6%.
Os fundos exclusivos são voltados para investidores endinheirados, demandam aportes de no mínimo 10 milhões de reais. Mesmo contando com um grupo seleto de 2 500 investidores, esses fundos acumulam patrimônio expressivo de 757 bilhões de reais, correspondendo a 12,3% do total da indústria de fundos no Brasil.
Sob a regulamentação atual, os fundos exclusivos sofrem tributação do Imposto de Renda apenas no momento de resgate. Já para os fundos offshore, recursos investidos no exterior, a proposta traz uma tributação de 15% sobre rendimentos entre 6 000 reais e 50 000 reais. Já para aplicações acima desse montante, a alíquota é de 22,5%. A variação cambial não será cobrada para fluxos de capital e em resgates de até 5 000 dólares (cerca de 26.000 reais). O governo previa uma arrecadação de 20 bilhões de reais com a medida, montante que deve diminuir após as alterações do relator.
Por: Gustavo Maia/veja
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