Na sexta-feira, 18 de agosto, a Delegacia de Tapurah executou ordens judiciais abrangentes, incluindo busca e apreensão, bem como sequestro de bens e valores, direcionadas a uma auxiliar administrativa e seu padrasto. Ambos são alvos de uma investigação por estelionato e desvio de recursos da empresa onde a auxiliar administrativa trabalhava.
A mulher de 26 anos, atuante em uma fazenda da região de Tapurah, detinha a responsabilidade de gerenciar pagamentos de boletos e notas fiscais da empresa. No entanto, ela aproveitou essa posição para obter vantagem ilícita, totalizando R$ 384.258,54. Isso foi alcançado por meio de engano e manipulação da vítima.
A estratégia da suspeita envolvia a adulteração de boletos e notas, introduzindo dados bancários de seu padrasto, que era o destinatário de todas as transações financeiras feitas pela mulher.
Até 2022, a suspeita mantinha um estilo de vida modesto. Entretanto, ao longo do último ano, ela começou a ostentar sua riqueza nas redes sociais. Postagens mostravam sua participação em shows, usufruto de camarotes VIP e estadias em resorts de luxo ao redor do Lago de Manso e no litoral alagoano. Parte dos fundos desviados da empresa também foi direcionada para a aquisição de uma caminhonete luxuosa, além da inauguração de uma loja no centro da cidade de Tapurah.
Após ação da autoridade policial, o veículo foi apreendido durante a execução dos mandados judiciais. Conforme determinação, ele será mantido em benefício da vítima. Além disso, aproximadamente R$ 70 mil foram bloqueados nas contas vinculadas à suspeita, visando preservar os interesses da investigação em curso.
Investigação
Após a empresa vítima fazer o registro da ocorrência e a abertura do procedimento investigativo na Delegacia de Tapurah, os investigadores realizaram um minucioso relatório com os comprovantes de transferências bancárias, planilha de pagamentos e notas adulteradas pela suspeita.
Durante a investigação, a Polícia Civil descobriu que a suspeita havia agendado um novo golpe, para o último dia 10 de agosto, quando a vítima faria o pagamento de um boleto no valor de R$ 29 mil. Com a investigação em andamento, a Polícia Civil evitou que a vítima tivesse um prejuízo ainda maior.
A equipe de investigação apurou ainda que nos últimos dias, a investigada foi até São Paulo.
“Ela participou de um desfile de moda em que representantes de marcas de calçados demonstram os produtos para os lojistas. Novamente, uma viagem com ostentação em rede social”, pontuou o delegado Guilherme Pompeo.
Os dois investigados foram interrogados na delegacia, mas permaneceram em silêncio.
DEIXE O SEU COMENTÁRIO