Duas pesquisas apresentadas no congresso da Associação Americana para Diabetes (ADA) revelaram que uma nova insulina semanal pode trazer benefícios no tratamento do diabetes. Atualmente, o uso da substância é diário, o que pode ser desafiador para alguns pacientes. A insulina icodeca, desenvolvida pela farmacêutica Novo Nordisk, foi submetida à avaliação da Anvisa.O processo de análise deve durar entre 16 e 24 meses. Após a aprovação, o processo de regulação de preço pode levar ainda alguns meses.
A expectativa é que ele chegue ao mercado brasileiro em meados de 2025, após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Um dos estudos divulgados no Congresso dividiu 588 participantes com diabetes tipo 2 em dois grupos: um utilizou a insulina semanal icodeca por 26 semanas, enquanto o outro utilizou a insulina diária degludeca. Compararam-se os resultados entre os grupos, principalmente em relação à hemoglobina glicada, que indica os níveis de glicemia. Os pacientes que utilizaram a icodeca apresentaram resultados ligeiramente superiores em comparação àqueles que usaram a degludeca.
Outra medida observada diz respeito à ocorrência de hipoglicemia, que é a diminuição dos níveis de açúcar no sangue. Em alguns casos de tratamento para diabetes, isso pode ocorrer. Os pacientes que utilizaram a icodeca não apresentaram um cenário de hipoglicemia estatisticamente diferente daqueles que usaram insulina diariamente.
Outro estudo apresentado comparou a icodeca com a glargina, um tipo de insulina utilizada diariamente. Os 984 participantes com diabetes tipo 2 foram divididos em dois grupos, onde cada um recebeu um dos medicamentos. Ao final da pesquisa, foi observado que a icodeca obteve resultados positivos e semelhantes a outra investigação.
O uso desse novo modelo de insulina pode facilitar a adesão ao tratamento. Como a icodeca é recomendada apenas uma vez por semana, as injeções devem ser aplicadas aproximadamente 52 vezes por ano, o que é muito menos do que as 365 vezes exigidas pela insulina diária.
Além da Anvisa, outras agências reguladoras também estão analisando o medicamento. De acordo com a Novo Nordisk, a FDA dos Estados Unidos, a EMA da União Europeia e a NMPA da China estão avaliando a possibilidade de autorização desse medicamento.
Fonte: Saúde
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