A investigação que desencadeou a Operação Hypnos, deflagrada na manhã desta quinta-feira (09) na casa do ex-secretário Célio Rodrigues, apura desvios de R$ 1 milhão na Saúde de Cuiabá em plena pandemia da covid-19 através da compra de medicamentos que nunca teriam dado entrada no estoque da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP).
Célio Rodrigues foi preso pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) e teve mandados de busca e apreensão cumpridos em sua casa. Na residência, foi apreendido aproximadamente R$ 30.962 mil em dinheiro.
De acordo com a Polícia Civil, relatórios de auditoria da Controladoria-Geral do Estado apontaram indícios de desvios de recursos públicos na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP). A partir disso, foram constatadas diversas irregularidades em alguns pagamentos, na ordem de R$ 1 milhão.
Em tese, foram autorizados pagamentos sem as devidas formalidades para uma empresa apontada como fantasma, cujos sócios seriam laranjas.
Conforme a polícia, o quadro de sócios era composto por pessoas que não teriam condições de administrá-la. Além disso, a empresa não tinha sede física no local informado em seu registro formal.
Os indícios sugerem que esses pagamentos se referem à aquisição de medicamentos que não possuem, a princípio, comprovação de que chegaram na farmácia da Empresa Cuiabana de Saúde Pública. Isso levanta suspeitas de que esses medicamentos, de fato, nunca teriam dado entrada no estoque da ECSP.
A Operação Hypnos cumpriu seis mandados de busca e apreensão domiciliar, dois afastamentos cautelares de exercício da função pública, um mandado de prisão preventiva, além de R$ 1 milhão que recaiu sobre o patrimônio de duas pessoas e da empresa, investigados por suspeita de participação no esquema.
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