A ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, hoje senadora Damares Alves (PL-DF), se pronunciou na noite de ontem (22), sobre a crise envolvendo os índios Yanomamis, em Roraima. Desde o começo da polêmica, Damares é acusada de ser uma das principais responsáveis pelo episódio de desnutrição envolvendo os indigenas.
Na última semana, imagens chocantes mostrando o cenário de fome dos índios Yanomamis ganharam os jornais do Brasil e do mundo inteiro. Posicionamento de Damares
Damares afirmou que no governo passado a política indigenista era executada em três ministérios: Educação,Saúde e Justiça.
Ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos cabia receber denúncias de violações de direitos dos indigenas e encaminhá-las às autoridades responsáveis.
A ex-ministra justificou ainda que a questão da fome envolvendo povos indígenas sempre foi um problema histórico, devido ao isolamento dos povos tradicionais, proposto pelos antigos governos do Partido dos Trabalhadores.
A desnutrição entre crianças indígenas é um dilema histórico e foi agravada pelo isolamento imposto pela pandemia. Entre os anos 2007 e 2011, o Vale do Javari já tinha índices alarmantes”, escreveu Damares no Twitter.
Fome e morte no povo Yanomamis
De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas, cerca de 100 crianças do povo Yanomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região.
Os dados são referentes a 2022, e as vítimas foram crianças entre um a 4 anos. As causas da morte são, na maioria, por desnutrição, pneumonia e diarreia.
Ainda de acordo com o levantamento, cerca de cinco mil índios Yanomamis passam fome e o número de desnutridos chega ao menos a 50% da população total dos indígenas, que é de cerca de 35 mil pessoas.
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