De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 25 de outubro, o Brasil conta atualmente com 13,7 milhões de pessoas vivendo sozinhas. Esse número representa 18,9% das mais de 72 milhões de residências no país. A cidade do Rio de Janeiro lidera essa estatística, com 23,4% dos lares unipessoais. Os estados do Rio Grande do Sul (22,3%) e Espírito Santo (20,6%) também apresentam grandes concentrações de pessoas morando sozinhas.
O aumento mais significativo na quantidade de moradores únicos foi observado na faixa etária de 25 a 39 anos. Em 2010, apenas 8,3% desse grupo vivia sozinho; em 2022, esse percentual subiu para 13,4%. Apesar desse crescimento entre os jovens adultos, a situação é ainda mais comum entre os idosos: 28,7% das pessoas com 60 anos ou mais vivem sós.
O Censo 2022 também traz outros dados interessantes sobre as famílias brasileiras. As mulheres estão à frente na chefia de 49,1% dos lares, enquanto os homens lideram 50,9%. Pernambuco se destaca como o estado com a maior proporção de mulheres à frente dos lares (53,9%). Além disso, pela primeira vez na história do Censo, a maioria das habitações é chefiada por pessoas pardas (43,8%), superando a proporção de brancos (43,5%).
Outro dado relevante é que o número médio de moradores por residência caiu de 3,7 para 2,8 pessoas nos últimos doze anos. Isso reflete uma mudança no perfil das habitações brasileiras: mesmo com um aumento no número total de domicílios – são agora 15 milhões a mais do que em 2010 – as casas têm menos moradores.
Além disso, o Censo mostrou um crescimento significativo nas uniões homoafetivas: o número de casais do mesmo sexo vivendo juntos saltou de 59 mil para impressionantes 391 mil nos últimos doze anos. O Distrito Federal tem a maior concentração dessas residências (0,76%), enquanto o Piauí apresenta a menor (0,25%).
Esses dados revelam um retrato dinâmico da sociedade brasileira e suas transformações ao longo dos anos. A crescente diversidade nas formas de habitação e nas estruturas familiares mostra como as relações sociais estão evoluindo no país.
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