Em agosto, o Brasil sofreu uma onda de incêndios que queimou uma área impressionante de 56.516 km². Esse número faz de agosto de 2024 o mês mais devastador desde o início da coleta de dados pelo Monitor do Fogo da plataforma MapBiomas, em 2019. No total, neste ano, já foram queimados 113.960 km², um aumento alarmante em comparação ao mesmo período do ano passado, quando a área queimada foi pouco mais da metade desse valor.
A agropecuária foi uma das mais afetadas, com cerca de 34% da área queimada correspondendo a pastagens, ou seja, 24.045 km². Na região amazônica, 55% das queimadas ocorreram em terras destinadas à pecuária. Os estados que mais sofreram com os incêndios foram Mato Grosso, Pará e Mato Grosso do Sul. São Paulo também registrou um impacto significativo, com 3.704 km² de queimadas, principalmente em plantações de cana-de-açúcar.
Entre os biomas brasileiros, o cerrado foi o mais atingido, seguido pela Amazônia e pelo Pantanal. A situação é preocupante, pois há sinais de que os incêndios podem se intensificar em setembro. Apenas entre os dias 1º e 11 deste mês, foram identificados quase 46 mil focos de calor, aumentando a preocupação sobre a gravidade da situação.
É essencial que o governo tome medidas eficazes para combater os incêndios e proteger as áreas afetadas. A preservação do meio ambiente e a segurança alimentar dependem de ações rápidas e decisivas.
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