Uma mato-grossense de 94 anos, moradora da cidade de Cuiabá, se tornou a pessoa mais velha a ser resgatada em condições de trabalho análogo à escravidão do Brasil, segundo informações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Além disso, este é o caso mais longo de trabalho escravo no Brasil: foram 64 anos trabalhando sem receber salário.
A descoberta do caso de escravidão aconteceu em uma residência da Capital, este mês, durante a deflagração da Operação Resgate IV, do Ministério do Trabalho. Segundo o MTE, a idosa, que não teve a identidade revelada, viveu por 64 anos em condição de escravidão, trabalhando sem salários, férias ou carteira assinada.
A trabalhadora foi encontrada pelas equipes do Ministério cuidando da patroa, outra idosa de 90 anos, portadora de Alzheimer. Segundo os agentes, as circunstâncias em que foi encontrada, indicavam que a mulher vivia em jornadas exaustivas, uma vez que que passava várias noites em claro, sentada ao lado da cama da patroa cuidando dela, ficando assim impedida de ter um sono reparador.
Após a abordagem inicial, foi ofertado para a trabalhadora a possibilidade de se retirar do local, para ser devidamente abrigada pela Secretaria de Assistência Social da Capital. Contudo, ela se recusou a sair do imóvel, inclusive alegando que não poderia deixar a patroa sozinha, a qual ela tinha como “irmã”.
Diante dos fatos, os dois filhos da patroa, que moram em Cuiabá, compareceram na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), onde assinaram um Termo de Ajustamento de C…
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